O Planetário Juan Bernardino Marques Barrio da Universidade Federal de Goiás (UFG) promove atividades de extensão educativas, com o auxílio de recursos técnicos audiovisuais em sua cúpula de 12,5 metros de diâmetro. Tem a orientação de professores mestres e doutores do Instituto de Estudos Socioambientais (IESA) da UFG.
O projetor Zeiss Spacemaster situado ao centro da sala de projeções é o mais antigo em funcionamento no Brasil e foi o terceiro a ser inaugurado no país. Há cerca de 60 planetários fixos e 50 planetários móveis no Brasil, sendo muitos deles filiados à Associação Brasileira de Planetários (ABP), cuja sede é no Planetário da UFG.
A equipe do Planetário atende à cursos de graduação da UFG, por meio de disciplinas obrigatórias, optativas e de Núcleo Livre para o IESA e outros institutos e faculdades da UFG.
As atividades de extensão ocorrem com os atendimentos escolares e ao público em geral. Durante a semana, o Planetário da UFG realiza sessões para estudantes e nos fins de semana para o público em geral, sendo garantia de diversão e conhecimento para todas as idades.
Basicamente, um planetário é um equipamento que projeta um céu artificial em um anteparo. Essa é uma ideia tão simples que em todo o mundo, desde as mais antigas civilizações, faz parte do repertório de brincadeiras noturnas. Basta fazer buracos milimétricos em uma superfície iluminada e temos assim o projetor de um planetário! A luz que passa por esses furos, incidindo em um anteparo qualquer, se “transforma” em estrelas.
É provável que sábios egípcios e gregos antigos tenham usado essa brincadeira como “ferramenta didática”. Basta fazermos os furos do tamanho certo e na posição certa, que a luz projetada no anteparo reproduzirá, com maior ou menor precisão, o céu real. Basta girarmos o corpo que contém esses furos da maneira correta e reproduziremos o movimento das estrelas no céu em uma noite ou em um ano.
Em 1913, Oscar Von Muller, diretor do Deustches Museum, de Munique, encomendou à firma alemã Carl Zeiss um planetário “moderno”. Tal planetário, projetado por Walther Bauersfeld e inaugurado em 1923, usou um sistema óptico e uma mecânica relativamente complexos para projetar imagens simuladas do céu, com uma realidade até então inimaginável, na superfície interna de uma hemisfério (abóbada ou cúpula) de 9,8 metros de diâmetro e movimentar essas imagens, possibilitando dentre outras coisas reproduzir o céu visto de qualquer região do planeta e em qualquer época. O sucesso cultural e educacional obtido foi tão grande que planetários passaram a ser inaugurados por todo o mundo.
Na década de 2000, além da máquina clássica de projeção das estrelas e planetas, novos projetores passaram a fazer parte do equipamento de um planetário.
O desenvolvimento da informática e da robótica têm permitido o uso simultâneo e/ou consecutivo de vários projetores tais como projetores de slides; de vídeo; vídeos-laser; cinema hemisférico; etc.; formando na cúpula uma imagem única, em movimento ou não, aumentando em muito não só a fascinação de uma sessão de planetário como também as suas possibilidades didáticas.
Parte do acervo documental pertencente ao Planetário Juan Bernardino Marques Barrio é composto por recortes de jornais. Estes recortes formam o chamado clippign (processo contínuo de monitoramento e arquivamento de menções feitas na mídia a uma determinada marca ou instituição). As notícias que compõem esta coleção foram publicadas no período de 1977 a 2005. Diversos temas são encontrados nas notícias como a divulgação de novidades da programação do Planetário, informes sobre datas e horários de atendimento ao público, oferta de cursos, repercussão das principais notícias sobre Astronomia no mundo, entre outros. Tal acervo evidencia o grande interesse que a Astronomia desperta nos indivíduos, bem como a importância do Planetário da UFG para a população goiana. A disponibilização desta coleção neste repositório virtual permite que futuros pesquisadores tenham acesso a uma importante fonte de pesquisa histórica.
O Planetário Juan Bernardino Marques Barrio guarda uma coleção de banners da exposição Paisagens Cósmicas: da Terra ao Big Bang. A exposição foi reproduzida em diversos planetários em todo o Brasil, por ocasião do Ano Internacional de Astronomia, que ocorreu em 2009. Esta coleção é composta por 20 banners de lona, com dimensões de 1,0 x 1,2 m. Em cada banner, composições entre fotografias e textos apresentam uma série de informações científicas sobre a origem do Universo, a formação de galáxias, estrelas, planetas e satélites. A curadoria científica e texto final foram de Augusto Damineli e o design gráfico e museografia feitos por Miguel Paladino. Contribuiu também a administração da Rede brasileira IYA 2009, o INAPE (Instituto de Astronomia e Pesquisas Espaciais de Araçatuba), além de Universidades, Observatórios e Planetários, que fizeram parte da Rede brasileira IYA 2009. Apesar de já estarem desgastados pelo tempo, estes banners atraem o olhar do observador pela beleza das imagens telescópicas. Muitas delas são reproduções de fotos tiradas pelo telescópio Hubble.
O Planetário UFG localiza-se na Av. Contorno nº 900 – Parque Mutirama, Setor Central na cidade de Goiânia – Goiás.
CEP 74055 – 140
Telefax: (62) 3225-8085
Email: planetario.ufg@gmail.com